Vitalino chega apressado à estaçãozinha de Tabuí e procura logo o moço
que vendia as passagens.
- Moço, quero uma palavra... Bem digero!
- Palavra agora? Comigo? Tem quisperá um tiquim, sô! Tenho que vendê as
passages, uai!
Vitalino ficou rodando por ali, agoniado, enquanto o bilheteiro vendia
as passagens. Voltou nervoso e falando grosso ao moço:
- Pois intão, sô? E a minha palavra? O trem tá quaicheganu...
- Inda num dá agora não....
Aí o trem chegou, parou, quem era de descer, desceu e quem era de subir,
subiu. Aí é que o homem dos bilhetes veio procurar o Vitalino e achou emburrado
num canto da estação.
- Agora tô aqui... pode sortá a palavra à vontade....
- Gora num dianta mais. O que covô fazê se o trem já partiu? E ieu
quiria tanto í pa Lavra...
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